Mais de 400 anos de história
A Matriz Santa Ana é uma das primeiras Igrejas do Estado de São Paulo.
Leia um pouco da nossa história ou também faça um tour 360º, pelo site da prefeitura:
História da Paróquia Santa Ana
Sem em nada privar a igreja catedral, em Jundiai, de sua dignidade e importância, podemos chamar a Igreja Santa Ana, matriz da antiga Vila de Parayba, de "origem de todas as paróquias da Diocese de Jundiai". Trata-se da paróquia mais antiga de todo o território diocesano.
A matriz da Paróquia Santa Ana é, de fato, um monumento da história da região e uma verdadeira mensagem de fé. Como nos estudos a respeito da fundação de outras cidades, sobre as origens de Santana de Parnaíba existem também alguns pontos incertos. Alguns destacam o papel de Manuel Fernandes Ramos com sua esposa, Suzana Dias, no surgimento da vila de Parnayba.
Outros, por sua vez, dão os créditos ao filho do casal, André Fernandes, com sua mãe. O fato é que, às margens do rio Anhemby (o Tietê),
numa região repleta de ilhotas (dai parayba:
lugar de muitas ilhas, em tupi), a jusante de uma cachoeira (a represa da Light São Paulo, construída em 1901, descaracterizou a geografia que deu nome ao local), Manuel Fernandes Ramos construiu uma capela em honra de Santo Antônio, que recebeu provisão de uso, do sacerdote que estava à frente da Prelazia do Rio de Janeiro.
No ano de 1580 (sua edificação, portanto, é anterior a essa data)
A Capela Santo Antônio, pequena e coberta de folhas, não durou muito. Foi construída, então, por André Fernandes e sua mãe, já viúva, uma nova capela, dessa vez em homenagem a Santa Ana. Em registros de 1610 se encontram referências a essa pequena igreja em tomo da qual as casas começam a se estabelecer.
De acordo com monsenhor Paulo Florêncio da Silveira Camargo, reconhecido historiador, podemos elencar da seguinte forma o processo que culminou na criação da freguesia de Santa Ana: em 1625, mesmo ano em que o povoado se toma vila, a capela teria sido reconhecida como um curado (aldeia com assistência sacramental), dependente ainda da paróquia da vila de São Paulo; provavelmente, no ano de 1633, o curado é transformado, pelo prelado do Rio de Janeiro, padre Lourenço de Mendonça, em freguesia, isto é, paróquia. Outra hipótese, conforme acenamos no histórico de outras paróquias criadas sob o padroado, é a de que a nova freguesia teria passado a existir aos olhos da Coroa apenas em 1633, ainda que, eclesiasticamente, assim fosse considerada desde 1625.
O ponto estratégico no qual se situava a vila de Parnayba lhe rendeu grande importância na época dos desbravadores. Os Fernandes, descendentes de Suzana Dias, passaram para a história como "os povoadores". No que diz. respeito ao futuro território da Diocese de Jundiaí, vale a pena destacar o papel de Domingo Fernandes, filho de Manuel Fernandes Ramos e Suzana Dias, que, em 1610, fundou, erguendo uma capela à Nossa Senhora da Candelária, Utuguaçu, a nossa Itu.
Digno de menção também é o casal Raphael de Oliveira, o Velho, e sua primeira esposa, Paula Fernandes, também ela filha de Manuel Fernandes Ramos e Suzana Dias, que, segundo os estudos recentes, teriam residido, entre 1612 e 1613, na já existente aldeia do Matto Grosso de Jundiahy.Itu e Jundiaí, na primeira metade do século XVII, não eram mais que termos (povoados) da futura Santana de Parnaíba. Não é exagero dizer, portanto, que tudo aquilo que um dia seria a Diocese de Jundiaí coube, certa vez, na Paróquia Santa Ana.
Em 1643, a igreja matriz da vila de Sant'Ana de Parnayba foi praticamente reconstruída, recebendo nova estrutura e contendo novos altares laterais. Naquele mesmo ano, os monges beneditinos fundam na vila o Mosteiro Nossa Senhora do Desterro e primeira escola de arte sacra com linha de produção. Dizem os entendidos que o supervisor dessa escola, frei Agostinho de Jesus, foi quem esculpiu a imagem de Nossa Senhora da Conceição achada nas águas do rio Paraíba do Sul. Os eventos que originaram a devoção à Nossa Senhora da Conceição Aparecida, assim sendo, têm em Santana de Pamaíba seu início remoto.
O atual edifício sagrado que serve de matriz da Paróquia Santa Ana é, contudo, obra de outra grande reforma, realizada em 1892. Tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turisti-co (CONDEPHAAT), a igreja foi dedicada em 1994 por Dom Roberto Pinarello de Almeida, então bispo diocesano. Em meio a tanta história, os fiéis da Paróquia Santa Ana, através das pastorais e dos movimentos, dão testemunho da vitalidade da fé, que, até hoje, é traduzida no famoso e colorido tapete de Corpus Christi. Ali, cada vez mais, a comunidade católica tem reconhecido os desafios do tempo presente, constatando que, hoje, as "bandeiras" são outras.
História da Igreja Matriz - Templo
1560
1ª Capela de pau-a-pique, coberta com folhas, dedicada à Santo Antonio
1580
2ª Capela, dedicada à Santa Ana
1610
3ª Capela de pau-a-pique coberta de telhas
1625
Elevada à Matriz da Paróquia
1643
Nova Igreja no local atua, de adobe, com 5 altares preservados
1892
Grande reforma e ampliação, que resultou em seu modelo atual, do estilo de João V
1982
Patrimônio tombado pelo CONDEPHAAT
1992
Restauração e dedicação oficial do templo
Ao longo dos anos...
Alguns registros antigos da Arquitetura da nossa Igreja Matriz
Padres que já passaram pela Paróquia Santa Ana
Desde a criação da Diocese de Jundiaí
Párocos e Administradores Paroquiais:
Pe. Raphael Lanutti (1898 - 1903)
Pe. André Galasso (1904-1905)
Pe. Antônio Faccin (1905 - 1910)
Pe. Nicolau Consentino (1910 -1912)
Pe. Manoel Paes Alexandre (1912)
Pe. Luiz Afonso de Abreu e Mello (1912 - 1916)
Côn.Pedro Van der Stracten, O Praerm (1916 - 1918)
Pe. Manoel Paes Alexandre (1918 - 1919)
Côn. Pedro Van der Stracten, O Praerm (1919)
Pe. José Maria Destr Monteiro (1920 - 1924)
Pe. Paulo Florêncio da S. Camargo (1923 - 1925)
Pe. Domingos Herculano Casarin (1926 - 1930)
Pe. Joaquim Clemente Medeiros (1931)
Dom Alderico Lambrecht, O Praerm (1931 - 1932)
Pe. Benigno de Brito Costa (1932 - 1933)
Dom Alderico Lambrecht, O Praerm (1933 - 1934)
Pe. Luiz Alves Siqueira Castro (1934 - 1937)
Pe. Antônio Martins de Souza (1937)
Pe. Luiz Martini (1941 - 1947)
Pe. José Maria Fernandes Colaço (1947 - 1949)
Côn. Bruno Carra, O Praerm (1949 - 1956)
Pe. João Baptista Martins (1956)
Con. Anacleto Pedro de Camargo, O Praerm
(1956 - 1970)
Pe. Eduardo Puskiel (1970 - 1993)
Fr. Waltencyr de Paula Filho (1993 - 2005)
Pe. Átila Destefani (2005 - 2012)
Pe. João Lúcio do Prado Neto (2012 - 2020)
Pe. Marcelo Augusto dos Santos Garcia
(2020 - atual)
Vigários Paroquiais:
Mons. Eduardo Puskiel
Pe. Antônio Ferreira da Silva
Pe. Cristóvão Freire Arnaud, CSSp
Pe. Daniel dos Santos Rosa
Pe. Eduardo Tocachelo
Pe. Félix Xavier da Silveira
Pe. Hermínio Carlos Giovani Marson
Pe. José Raimundo Lucas Prazer
Pe. Robinson Adolfo Veroneze
Pe. Antônio Ferreira da Silva
Pe. Rafael de Araújo Santos
Pe. Raphael G. Pitthan Casaca (atual)
Pe. Gustavo Vieira da Silva (nomeado para 2025)
Diáconos permanentes que fazem parte desta história:
Diác. Armando José Monteiro
Diác. Benedito Cardoso de Morais
Diác. Edson Rodrigues
Diác. Sérgio Benedito Matos (Atual)
Diác. Renato Roberto Donatelli Júnior (Atual)
Endereço
Largo da Matriz, s/n - Centro
Santana de Parnaíba
BR